A emigração que atinge Alfândega da Fé é o principal factor na base de uma das baixas taxas de natalidade em Portugal. Situação bem diferente é a da Ribeira Grande, nos Açores, que regista a maior taxa de natalidade do país.
A presidente da câmara de Alfândega da Fé considera que o facto de o seu concelho ser um dos que regista menor taxa de natalidade em Portugal é preocupante e espelha a situação de todo o Interior, onde as «pessoas têm de continuar a emigrar».
«Quem emigra são principalmente os jovens e os casais jovens, porque têm de procurar um futuro para as suas vidas e para a sua família», afirma Berta Nunes, que frisa que nem mesmo com os incentivos dados pela autarquia local a quem tem filhos é possível fixar a população jovem.
A autarca de Alfândega da Fé adiantou que os jovens que ficam neste concelho são pessoas que «de forma geral têm poucos rendimentos e muitas vezes têm empregos mas precários, o que é um facto que leva as pessoas a pensar duas vezes antes de ter um filho».
Cenário bem diferente é o do concelho da Ribeira Grande, nos Açores, que apresentou em 2010 a taxa de natalidade mais alta em Portugal, com 16 bebés a nascerem por cada mil habitantes, que poderão ter a ver com as boas condições de trabalho, diz o autarca local.
«Temos agricultura, indústria, pesca. Tudo faz com que seja um concelho jovem e essa juventude depois reflecte-se na taxa de natalidade», afirmou Ricardo Silva, que assinalou, contudo, que o concelho tem muitos casos de gravidezes na adolescência, em particular em Rabo de Peixe.
Contudo, para Ricardo Silva, que não liga a alta taxa de natalidade do concelho com o analfabetismo, é possível que esta taxa possa vir a diminuir no futuro por causa da crise.
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