Correio da Manhã – Em meio século Alfândega da Fé perdeu 60% da população. Qual é o problema?
Berta Nunes – O problema de Alfândega da Fé é igual ao de outros municípios do Interior. Primeiro, foi a grande vaga de emigração dos anos 60 e 70 e, depois de alguma estabilização, assiste-se a nova avalanche de saídas do País. Nascem poucos bebés porque os jovens emigram.
– Que pode fazer a autarquia para contrariar essa realidade?
– Não são muitas as armas da autarquia, mas pode e está a fazer alguma coisa, sobretudo no apoio à actividade económica. As pessoas não se fixam se não tiverem emprego e as câmaras têm de se emprenhar na ajuda à criação de emprego.
– Como?
– Facilitando, em termos de taxas e da burocracia, a instalação de empresas. A câmara criou o Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo que ajuda os jovens que queiram criar aqui a sua empresa e a todos os que pretendam instalar-se no concelho.
– Como está o concelho em termos de saúde e educação?
– Estamos bem. O centro de saúde está aberto todos os dias e as crianças têm transporte gratuito para as escolas na vila.
– Alfândega já bateu no fundo quanto à perda de população?
– Receio que não. Por causa da crise, os jovens vão embora e os filhos nascem noutras terras.
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