A Câmara de Vimioso não vai beneficiar do acordo celebrado na passada segunda-feira entre os municípios e o Governo “porque tem as contas em dia”, adiantou o vice-presidente, Jorge Fidalgo. Esta autarquia não tem dívidas a curto prazo e os pagamentos aos fornecedores são feitos em 15 ou 20 dias. “Em 2011 a única factura que ficou pendente foi saldada no dia 3 de Janeiro de 2012. Também temos cumprido os nossos compromissos com a banca e temos investimentos em curso”, acrescentou o autarca. Esta situação de saúde financeira, apesar dos cortes nas transferências do Estado, é fruto de uma boa gestão. “Muito controlada, onde não se dão passos maiores do que as pernas”, desvendou Jorge Fidalgo. Também Bragança não vai poder recorrer a esta linha de crédito por ter equilíbrio financeiro nas contas e a dívida a curto prazo estar controlada. “Nem vamos recorrer, nem podemos porque não precisamos”, explicou o presidente da Câmara, Jorge Nunes. Se Vimioso e Bragança não vão precisar de recorrer à linha de crédito até mil milhões de euros para pagamentos de dívidas vencidas há mais de 90 dias, há diversos municípios no distrito de Bragança que serão obrigados a fazê-lo. Alfândega da Fé é um desses casos, uma vez que faz parte da lista de 52 municípios em desequilíbrio financeiro. Berta Nunes, a autarca local, admite que o acordo “pode ser uma ajuda para pagar as dívidas a curto prazo, mas por outro pode condicionar fortemente o investimento e isso é preocupante”. O acordo entre a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) define que quanto ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), é estabelecida a necessidade de uma avaliação conjunta da capacidade de concretização dos projectos por parte dos municípios nos calendários programados. “Ainda não sabemos de que maneira as candidaturas ao próximo QREN vão ser afectadas”, acrescentou Berta Nunes, que teme que os municípios passem a ter uma margem de investimento mais reduzida. As obras grande sobras em curso em Alfândega da Fé, nomeadamente a requalificação do centro histórico e a entrada poente da vila, deverão prosseguir sem problemas. “Nas pequenas obras, por ajuste direito, que nós íamos fazendo, não havia problemas de pagamento, sempre pagamos ao fornecedores. Se deixarmos de o poder fazer o comércio local vai ser afectado porque trabalhava muito com a Câmara”, explicou a edil.
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