O Documentário conseguiu o primeiro lugar na categoria Lusofonia. Foi, assim considerado o melhor trabalho nacional a concurso. Para além do Prémio Camacho da Costa, correspondente ao melhor trabalho lusófono, o “Fé nos Burros” recebeu também, uma menção honrosa do júri da juventude.
Para João Pedro Marnoto esta distinção assume-se como “um culminar de todo um esforço, acreditar e entrega de todos nós. É a confirmação que traçamos um caminho certo e fizemos algo distinto que deixará seguramente marcas para o futuro tal como as está a deixar no presente.”
Recorde-se que o Projeto “Fé nos Burros” nasceu da necessidade de sensibilizar para a preservação não só da espécie, mas também de muitos dos usos e costumes a ela associados e assenta na valorização da relação entre o homem e o animal. Um retrato da cumplicidade entre a espécie e o homem, que chama a atenção para a necessidade de a preservar reinventando a tradição. Deste trabalho que implicou o registo do gado Asinino e Muar do concelho de Alfândega da Fé, resultaram, também, a edição de um livro, a realização de uma exposição, que tem vindo a percorrer o país, e de um documentário.
A “Fé nos Burros” divulga uma parte importante da cultura concelhia e tem contribuído para a afirmação do nome de Alfândega no panorama cultural nacional. Este esforço para a valorização e preservação do património cultural local foi mais uma vez distinguido num Festival que tem como principal objetivo a divulgação de valores naturais e ecológicos, através do cinema e de atividades culturais.
O “Fé nos Burros” foi escolhido de entre 16 curtas-metragens, que foram a concurso na categoria Lusofonia. Nesta XVIII edição do Seia CineEco concorreram também 13 longas, 13 curtas-metragens e o panorama regional contou com a participação de 10 curtas-metragens.
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