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domingo, 29 de janeiro de 2012

Associação Terra Quente Transmontana quer ajudar pequenos produtores a tirar rendimento dos excedentes

Uma associação da Terra Quente Transmontana quer fazer da agricultura de subsistência uma fonte de rendimento, ajudando os pequenos produtores a comercializar os excedentes que, muitas vezes, mesmo partilhados com vizinhos, acabam no lixo.


A Desteque - Associação para o Desenvolvimento da Terra Quente quer adotar nesta região o modelo de comércio de proximidade do programa PROVE - Promover e Vender, que já beneficiou quase uma centena de produtores de vários pontos do País, nos últimos cinco anos.
O programa consiste no comércio sem intermediários, em que os produtores vendem diretamente ao consumidor aquilo que produzem na horta, em pomares ou outros produtos regionais, de uma forma organizada e orientada pelas associações locais de desenvolvimento rural.
Uma associação de Setúbal foi a pioneira do projeto que a congénere Desteque pretende agora replicar nos cinco concelhos da Terra Quente Transmontana, os de Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Alfândega da Fé.
Depois de um seminário de divulgação da iniciativa, realizado na sexta-feira, em Macedo de Cavaleiros, o próximo passo será fazer um levantamento de potenciais produtores e consumidores e criar a logística necessária para arrancar com o projeto no terreno, como explicou o presidente da Desteque, Duarte Moreno, à Agência Lusa.
Em zona essencialmente rural, onde a população ou vive da agricultura ou tem nesta atividade um complemento, o objetivo é rentabilizar os excedentes.
A família de Maria José, na aldeia de Olmos, Macedo de Cavaleiros, não consegue consumir tudo o que produz. Dá "aos vizinhos ou familiares que não produzem para não deitar tudo fora, porque muitas coisas estragam-se".
A jovem vê neste projeto "uma mais valia e um rendimento" e está decidida a convencer os pais a aderirem.
Outros que assistiram à apresentação são mais céticos, justamente por esta cultura transmontana de partilha que faz com que mesmo aqueles que não plantam beneficiem do que sobra a outros.
Para o dirigente da Desteque, é uma questão de "mudar os hábitos dos consumidores, porque se existem hipermercados nesta região é porque existem consumidores e as zonas dos frescos [destes estabelecimentos] têm sempre muita procura".
A associação garante toda a logística necessária para a aproximação e acredita que também nesta região "pode resultar", tendo em conta o que os responsáveis testemunharam noutras regiões.
Duarte Moreno está mesmo convencido de que o PROVE poderá também ser um incentivo para atrair gente jovem para a agricultura, na medida em que tem garantido um rendimento médio mensal de 600 euros por agricultor nas zonas onde já está a funcionar.

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